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Obesidade
Como afeta o nosso corpo
A obesidade é uma doença crônica, progressiva, recidivante e uma epidemia global, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), que a define como: “o excesso de gordura corporal, em quantidade que determine prejuízos à saúde”
Projeções apontam que até 2030 o Brasil terá quase 30% de sua população adulta obesa. A obesidade pode alterar diversos sistemas do nosso organismo, além de ser fator de risco para outras doenças, como a síndrome metabólica.
Como a obesidade afeta os hormônios e o sistema endócrino
A obesidade afeta diretamente o sistema endócrino e esse desequilíbrio causa uma disfunção em todo o organismo. O tecido adiposo, que é a gordura, produz hormônios inflamatórios que atingem o corpo inteiro, desregulando, dessa forma, o metabolismo.
E quanto mais tecido Adiposo uma pessoa tem, mais disfuncional ela será.
Uma das disfunções é o aumento da resistência insulinica, que é a incapacidade do organismo de responder adequadamente aos sinais de insulina e pode culminar no aumento dos níveis de açúcar no sangue e no desenvolvimento do diabetes tipo 2.
A insulina é um hormônio anabólico, isso significa que promove o crescimento e a construção de tecidos no corpo. Essa insulina realiza o armazenamento de nutrientes, como a glicose, nas células adiposas. Quando em excesso no corpo devido à resistência à insulina, cada vez mais glicose é armazenada como gordura nas células adiposas, com isso há o ganho de peso e consequentemente a obesidade.
A classificação de obesidade é diferente em homens e mulheres. No caso delas, consideram-se obesas as que têm um índice de massa gordurosa acima de 27% e 25% em homens. Outra forma de mensurar a obesidade é o Índice de Massa Corporal (IMC) que se maior ou igual a 30 kg/m2 denota obesidade. A faixa de peso normal varia entre 18,5 e 24,9 kg/m2. A obesidade afeta o funcionamento de diferentes órgãos e sistemas do corpo, seu metabolismo, a mobilidade e também a autoimagem de quem sofre com a doença.
Além disso, a resistência à insulina pode interferir na capacidade do corpo de queimar gordura para obter energia, pois também regula a quebra de gordura armazenada nas células adiposas. Quando a insulina está alta devido à resistência insulijica, o corpo pode ter dificuldade em usar a gordura armazenada como fonte de energia e, mais uma vez, armazenar e acumular essa gordura que se transforma em sobrepeso e obesidade.
Acrescente-se o fato de a ressistência insulínica também aumentar a produção de hormônios como a leptina e a grelina, que regulam o apetite e a saciedade e, quando desequilibradas, causam aumento no apetite e diminuição na sensação de saciedade, o que pode levar a um maior consumo de alimentos e contribuir para o ganho de peso.
Sistema nervoso: a obesidade pode afetar a função cognitiva, aumentar o risco de depressão, ansiedade e contribuir para a síndrome metabólica, um conjunto de condições que aumentam o risco de doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2.
Tratamento da obesidade
O tratamento da obesidade precisa ser multidisciplinar. Isso significa que pode incluir medicações, mas também outros métodos como tratamento psicológico,, acompanhamento nutricional, rotina de atividade física, além das mudanças no estilo de vida, como manutenção do sono de qualidade e gerenciamento do estresse.
É importante lembrar que o excesso de peso pode afetar cada pessoa de maneira diferente. Por isso, é fundamental buscar orientação médica e manter um estilo de vida saudável para prevenir ou tratar a obesidade e reduzir os riscos de complicações.