
Menopausa
Um novo começo para a mulher


Para grande parte das brasileiras a menopausa é sinônimo de velhice, mas isso não precisa ser verdade com os cuidados adequados e um olhar integral da saúde da mulher para que possa se preparar e passar por essa fase com disposição, libido e bem-estar
Se você acha que menopausa é sinônimo de velhice, tenho algo a te dizer: isso não é necessariamente verdade. Embora a menopausa seja, sim, um sintoma de envelhecimento do corpo, não significa que o climatério marque a chegada da mulher a uma velhice que perdeu espaço enquanto conceito. O estereótipo da avó que fica sentada na cadeira de balanço fazendo tricô não representa mais o envelhecimento das mulheres e sua vida após os 50, 60 e até mesmo 70 anos.
Mas para muitas o estigma permanece. É o que revelou o 1º Estudo da Essity sobre Menopausa e suas Etapas – 2022, que mostra que 32% das mulheres relacionam a chegada da menopausa à velhice e 52% não gosta de falar sobre o tema.
Por isso mesmo é tão importante debater o assunto e levar cada vez mais a informação correta: menopausa não é doença, não significa o fim da vida de uma mulher e não é o início da velhice se essa mulher assim não desejar.


Afinal, o que é climatério e menopausa?
Antes de qualquer coisa é necessário explicar que climatério e menopausa não são iguais. O climatério é um processo natural que abrange a transição da fase reprodutiva para a não reprodutiva da mulher, que pode levar vários anos.
Durante o climatério, ocorrem diversas mudanças hormonais no organismo, principalmente relacionadas aos níveis de estrogênio, o que pode levar a uma série de sintomas e alterações corporais, como:
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Irregularidades menstruais;
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Ondas de calor, os fogachos;
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Alterações de humor;
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Ressecamento vaginal;
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Diminuição da elasticidade e hidratação da pele;
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Perda de cabelo e aumento da queda de cabelo;
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Ganho de peso e aumento da gordura abdominal.
Além disso, as mudanças hormonais do climatério podem aumentar o risco de doenças cardiovasculares, osteoporose e outras doenças metabólicas, como a o diabetes e a hipertensão.


Perimenopausa
É o período que antecede a menopausa, que pode durar vários anos e marca o início do processo de transição da fase reprodutiva para a não reprodutiva da mulher. Durante a perimenopausa, os níveis hormonais, especialmente os de estrogênio, começam a flutuar e diminuir gradualmente, o que pode causar uma variedade de sintomas e alterações no corpo da mulher.

Menopausa
É um evento único e tem como principal característica a interrupção definitiva da menstruação, ocorre geralmente entre os 45 e 55 anos de idade. É quando os ovários deixam de produzir óvulos e a produção de hormônios, especialmente de estrogênio, cai significativamente.

Pós-menopausa
É a fase que segue a menopausa, marcando o período após a interrupção definitiva da menstruação. Durante essa fase, os níveis hormonais permanecem baixos e estáveis, e a mulher já não pode engravidar naturalmente.
São partes do climatério:


A diminuição dos níveis hormonais, principalmente do estrogênio, também causa mudanças no metabolismo, redistribuição da gordura corporal e diminuição da massa muscular, o que pode contribuir para o aumento do peso, da gordura corporal e de uma maior circunferência abdominal. Tudo isso está associado a um maior risco para outras doenças, como o diabetes, hipertensão e fraturas ósseas.
O risco de diabetes pós-menopausa do tipo 2 aumenta após a menopausa por conta da resistência insulínica causada pela queda dos níveis de estrogênio, que ajuda a regular a sensibilidade à insulina, mas também por outras mudanças metabólicas que ocorrem durante a menopausa, como a redistribuição da gordura corporal, podem contribuir para a resistência à insulina.
Obesidade e diabetes pós-menopausa
Com o aumento da expectativa, as mulheres passam cada vez mais tempo em pós-menopausa, mas por isso estão mais sujeitas às suas consequências naturais que podem ser exacerbadas por hábitos desequilibrados de vida, como o estresse, sono inadequado e má alimentação.
O tratamento para os sintomas pode envolver a Terapia de Reposição Hormonal, que inclui a reposição de estrogênio e progesterona para aliviar os sintomas e prevenir a perda óssea que causa a osteoporose, especialmente em mulheres com baixa densidade mineral óssea.
Mais tempo em pós-menopausa

A perda de libido é outra reclamação frequente do pós-menopausa que pode ser amenizada com a reposição hormonal, que ajudar a aumentar os níveis de estrogênio e testosterona, hormônios importantes para a função sexual.
No entanto, a Terapia de Reposição Hormonal não é recomendada para todas as mulheres após a menopausa. As com histórico pessoal de câncer de mama, doenças cardíacas, coagulação sanguínea anormal e histórico de AVC, por exemplo, podem ter riscos aumentados para essas condições.

Apesar de muitas mulheres encararem a menopausa de maneira pessimista, essa é apenas mais uma fase da vida – que não é a última. Existe vida após a menopausa, existe beleza, autoestima e prazer sexual mesmo após esse período da vida.
Mas a menopausa pode ser um reflexo do seu estilo de vida, por isso é importante começar a cultivar bons hábitos o quanto antes, com uma dieta equilibrada, sono de qualidade, atividade física regular e saúde mental. Isso fará a diferença em todas as fases da vida e nunca é tarde demais para começar.
